Neurociência e Matemática: Google e IA como aliados na aprendizagem


 

Neurociência Aplicada à Matemática: Um Novo Olhar para o Ensino

Durante o encontro “Neurociência Aplicada à Matemática”, promovido pelo Grupo de Educadores Google de Belo Horizonte (GGBH), a professora e pesquisadora Cristine Oliveira compartilhou reflexões sobre como os avanços da neurociência podem transformar a forma como ensinamos e aprendemos matemática.

A Neurociência e a Matemática

A neurociência tem demonstrado que todos podem aprender matemática, desmistificando a ideia de que apenas alguns nascem com “dom” para a disciplina. Isso acontece graças à neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de se modificar e criar novas conexões sempre que é estimulado — inclusive quando cometemos erros.

Segundo estudos conduzidos por Jo Boaler e Carol Dweck, de Stanford, o erro é um sinal de crescimento, não de fracasso. Durante tentativas e equívocos, o cérebro é altamente ativado, mostrando que o processo de aprendizagem é mais importante do que a resposta final.

O papel do erro na aprendizagem

Cristine destacou como a cultura escolar tradicional, que pune ou desvaloriza erros, precisa ser revista. Ao criar um ambiente seguro e acolhedor, onde os estudantes podem compartilhar suas falhas e estratégias, o erro passa a ser reconhecido como oportunidade de aprendizado.

Esse olhar se conecta diretamente à chamada mentalidade de crescimento, que valoriza o esforço, a persistência e a construção de diferentes caminhos para resolver problemas.

Quebrando mitos: Velocidade ≠ Inteligência

Outro ponto reforçado pela neurociência é que resolver rápido não significa compreender melhor. Pelo contrário: aprofundar-se nos problemas, mesmo que com mais tempo, ativa mais conexões neurais e gera aprendizados duradouros.

A pressa em terminar listas extensas de exercícios deve ser substituída por práticas que priorizem a compreensão e a qualidade do raciocínio.

Matemática Multissensorial e Criativa

As pesquisas mostram que a matemática não está localizada em uma única área do cérebro. Resolver problemas envolve memória, linguagem, controle motor e raciocínio. Por isso, quanto mais formas de representação forem usadas — visuais, simbólicas, verbais ou com movimento — mais forte será a aprendizagem.

A professora e pesquisadora Cristine compartilhou práticas como o uso de matemática visual (desenhos, representações gráficas) e problemas abertos, que permitem múltiplas estratégias e respostas, favorecendo a criatividade e a confiança dos alunos.

Afetividade e confiança na sala de aula

Um ponto central da palestra foi a importância da afetividade no ensino da matemática. Professores que acolhem erros, estimulam diferentes formas de pensar e demonstram interesse genuíno pelo aprendizado dos alunos criam ambientes mais humanos, motivadores e significativos.

A professora Cristine ressaltou: “A matemática não é decorar. É pensar, conectar e compreender. Ensinar com base na neurociência é respeitar o tempo do aluno e o funcionamento do cérebro.”

Apoio tecnológico com inteligência

Ao final, foi apresentada a ferramenta Notebook LM, baseada em inteligência artificial, que permite organizar conteúdos, gerar resumos, criar mapas mentais e até transformar textos em áudio ou vídeo. Para a professora, a tecnologia é uma aliada quando usada com intencionalidade e moderação, ajudando professores a otimizar tempo e planejar aulas mais ricas.

Conclusão

A neurociência aplicada à matemática nos convida a repensar práticas tradicionais e a construir uma educação mais inclusiva, significativa e humana. Ao valorizar o processo, a diversidade de estratégias e o papel do erro, o ensino da matemática se torna uma experiência transformadora — tanto para professores quanto para estudantes.


Alguns exemplos de integração Google + IA para usar na criação de atividades em sala de aula:

  • Google Forms → aplicar testes rápidos para identificar perfis de aprendizagem.

  • Google Slides → criar recursos visuais que facilitam a compreensão de conceitos abstratos.

  • Série de Exercícios + IA → gerar atividades adaptadas a diferentes níveis de alunos.

  • NotebookLM → transformar artigos científicos em resumos claros e planos de aula.


Ferramenta em destaque: NotebookLM

O NotebookLM é como um tutor pessoal de curadoria: você carrega artigos, PDFs ou notas e faz perguntas em linguagem natural.

Tutorial rápido

  1. Acesse o NotebookLM com sua conta Google.

  2. Faça upload de um artigo de neurociência.

  3. Pergunte: “Quais são os principais pontos para aplicar este estudo em sala de aula de matemática?”

  4. Receba resumos, mapa mental, e insights organizados.

  5. Use no planejamento, nos slides ou até em áudios para os alunos.


Esse tema também foi parte da GEG Week! Confira a programação completa na página de Eventos.


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